Cofre Relicário
LOCAL/DATA
Japão, Período Momoyama (1573-1615), finais século XVI/ início XVII
MATERIAIS
Madeira lacada, pó de ouro e prata, incrustações de madrepérola e cobre dourado
DIMENSÕES
15,2 x 23 x 13,2 cm
INV
RL.272
Uma das influências da arte portuguesa na arte do Japão resulta na forma abaulada das tampas de arquetas e baús ali executados, sobretudo entre meados do século XVI e as primeiras décadas do XVII.
Esta era uma opção característica das arcas de viagem, para que pudessem apanhar água sem que esta se depositasse na superfície. A sobrevivência de um considerável número destes cofres nanban em Portugal deveu-se à sua reutilização no culto cristão como relicário ou urna para o Santíssimo. Poderia ser o caso deste, referenciado no inventário de 1695, mas talvez correspondente ao “cofre de madrepérola” registado no altar dos Santos Mártires da Igreja de São Roque em 1588.