Cofre Relicário
LOCAL/DATA
Índia, Gujarate e Goa, meados século XVI
MATERIAIS
Tartaruga e prata
DIMENSÕES
14 x 21 x 13 cm
INV
RL.1041
Este cofre, em casca de tartaruga apenas com aplicações de prata, é considerado um dos mais extraordinários exemplares desta tipologia, dada a inexistência de qualquer estrutura metálica de suporte, e o mais antigo documentado em Portugal, surgindo nos inventários das relíquias da Igreja de São Roque em data anterior a 1588.
A técnica de elaboração da peça consistia no polimento de várias placas de carapaça de tartaruga que, posteriormente, seriam soldadas a quente, de modo a que não se notasse a sua união. A limpidez e cor que caracterizam esta peça apontam para o recurso a casca da parte ventral de tartaruga-de-pente, depois transformada na zona da baía de Cambaia onde, desde pelo menos o início do século XVII, se conhecem referências à produção de objetos com carapaças de tartaruga de tonalidade mais clara e polida.